PENSAMENTOS SOBRE A CIÊNCIA DE ELIPHAS LEVI
O LIVRO DOS SÁBIOS
I
O absoluto indefinido é o ser e o absoluto definido é o saber. O saber absoluto é idêntico a absoluta entidade do ser. O ser moral é proporcional ao saber. Quanto mais se sabe mais se é, e quanto mais se é, mais se merece e mais se deve.
II
A ciência é o ponto fixo ao redor do qual o amor, ou seja, a fé, deve fazer circular a razão.
III
A ciência é o princípio da sabedoria; ela se eleva do fato lei e não conhece nada mais alto; porém inclina-se então ante a fé que, vendo quanto a lei é boa, concluí que ela é querida por uma vontade sábia.
IV
A fé que precede a ciência não pode ser mais que provisória, a menos que não seja insensata.
V
Há que ter fé na ciência para chegar à ciência da fé.
VI
Fala-se de moral independente. Este epíteto não é exacto. A moral depende da lei. Então, é a ciência que nos faz conhecer a lei que nos da razões para acreditar no princípio vivente e vivificante da lei.
VII
A ciência afirma o infinito, quebra todas as correntes e rompe todas as prisões do pensamento. Ela faz descer o céu até nós e abre à nossa alma horizontes ilimitados; analisa os sóis, se vê por todos os lados formigar astros sobre nossas cabeças, ao nosso lado e sob os nossos pés, esparge por toda parte a luz e a vida e não deixa lugar nem para a morte nem para o inferno.
VIII
A ciência dissipa os terrores do desconhecido, libera-nos dos nossos preconceitos, dá uma regra certa aos nossos desejos e uma carreira infinita a nossa actividade estimulada por legítimas esperanças.
IX
Afundar a ciência é aprofundar o desespero, dizem-nos os crentes cegos e os cépticos
desalentados, e eu contesto-lhes aprofundando a ciência, descobre-se a mina de ouro das esperanças legítimas.
X
A ciência é o instrumento do progresso é o progresso é a conquista da vida e da felicidade.
XI
Que me importa o descoroçoamento de Salomão e Agrippa? Do ponto em que eles se detiveram voltarei a marchar; de onde se sentaram com a cabeça entre as mãos, na beira de uma fossa entreaberta, levantar-me-ei cheio de entusiasmo e franquearei a tumba.
XII
A tumba! Essa porta que entreabrindo-se ao nosso lado, não nos deixa ver nada do que existe além; essa porta atrai meu desejo pelo desconhecido. La, a ciência não se detém, e o umbral do santuário onde se oculta o absoluto, é a entrada de uma nova ciência.
XIII
Saber é ter, saber é ser. saber é viver! Crer, esperar, amar; que é tudo isto se não se sabe nem o que se crê, nem o que se espera, nem o que se ama?
. ALGUNS PENSAMENTOS DE GRA...
. SABEDORIA DO SOL NASCENTE...
. A CIÊNCIA DE ELIPHAS LEVI...
. A LUZ DO MILAGRE DA VIDA ...
. O que vale na Vida não é ...
. PENSAMENTOS "LIVRO DOS SÁ...
. MANIFESTAÇÃO DO DESPERTAR...
. A VIDA É UMA PORTA ABERTA...
. A ESCOLA DA VIDA DO BERÇO...
. SER POETA É LUTAR PELA PA...